Péricles quer saber motivos para desistência do BRT e investimento no VLT

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Requerimento aprovado pela Câmara Municipal de Sorocaba nesta terça-feira (16/05), de autoria do vereador Péricles Régis, quer saber o que levou o Poder Público Municipal a desistir do projeto de transporte público no modelo BRT (bus rapid transit), mesmo com o processo tendo sido iniciado pelo governo anterior, e buscado a opção pelo VLT (veículo leve sobre trilhos). “Queremos saber o que foi investido pela antiga gestão no planejamento do BRT, porque esse valor não pode ser simplesmente desperdiçado. Precisamos garantir que um novo projeto não saia mais caro do que terminar o que já estava sendo feito”, avalia Péricles Régis.

A implantação do sistema BRT foi promessa de campanha eleitoral do ex-prefeito Antonio Carlos Pannunzio, que chegou a abrir processo de licitação para elaboração de projeto executivo. “Houve tempo e dinheiro público inteiramente dedicados a esta finalidade. Entrevistas, reportagens, estudos. Tudo isso gerou expectativa na população. Muita gente passou a acreditar que este era o melhor modelo para o transporte público da cidade. É preciso que haja uma justificativa convincente para a mudança de foco”, diz o vereador.

Péricles lembra que não tem condições técnicas para avaliar qual dos dois sistemas pode representar o melhor custo-benefício para o município, e por isso está fazendo os questionamentos. “Sabemos que o VLT também é um projeto complexo, que vai demandar novos estudos técnicos e outros processos burocráticos demorados, com possibilidade de durar mais tempo do que o mandato, assim como ocorreu no governo passado. Precisamos ter certeza de que esse não é apenas mais um caso de prevalecer a política de governo contra a política de estado, que é comum nas gestões públicas no Brasil”, ressalta o autor do requerimento.

O documento questiona todos os detalhes sobre o que a administração anterior investiu de tempo, recursos, quanto ainda faltava a ser investido, e os possíveis benefícios da implantação do BRT. Basicamente, as mesmas questões são direcionadas também ao que se pretende implantar com o VLT. Além disso o vereador questiona a garantia de que este novo projeto saia do papel, e se não existe risco de que a iniciativa não seja continuada em um eventual próximo governo. O Executivo tem 15 dias para enviar as respostas.

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